Por que eu sinto estresse?

O estresse é uma resposta física e emocional que tem a função de nos manter vivos e nos adaptar à mudanças do ambiente. Entenda mudança como qualquer alteração significativa na rotina, como exemplos: nascimento de filhos, ganhar na loteria, casar, aposentar-se, trocar de trabalho, cidade ou casa, separação, falecimento de ente querido, cirurgia ou doença.

As pessoas que apresentam estresse têm certos sintomas físicos caracterizados pelo aumento da tensão muscular, o que leva à dores musculares e desconfortos como dores de cabeça, aumento da pressão cardíaca, falta de ar, desconforto digestivo, azia, insônia, cansaço e alterações do apetite. Além disso, ocorrem também sintomas emocionais: irritabilidade ou nervosismo, preocupação, tristeza e desânimo, ansiedade entre outros.

Tais sintomas funcionam como autoproteção do nosso organismo. É como se fôssemos encontrar uma fera ou enfrentar uma situação de risco para nossa vida, então o corpo se antecipa para a luta ou fuga. Porém, nos dias modernos, é pouco funcional nos sentirmos dessa maneira para lidar com as dificuldades do dia a dia.

Geralmente, esse quadro tão farto de sintomas e desconfortos se resolve por si só, mas também há a possibilidade de se cronificar, evoluindo para uma síndrome ansiosa e depressiva. Os sintomas tornam-se constantes (como a irritabilidade e o nervosismo) e a pessoa tende a se preocupar de forma exagerada, reduzindo a qualidade do sono e consequentemente perdendo o ânimo. Além disso, segue alterações de apetite e muitas queixas somáticas, pois o corpo reclama desse estado de alerta excessivo através de dores musculares, nas costas, cabeça, má digestão, palpitação no coração, falta de ar, tontura, zumbido, cansaço e fraqueza, também é comum a falta de memória e o comprometimento da concentração e do raciocínio.

O estresse, no decorrer de décadas, predispõem a infarto agudo do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral), demência e câncer, não esquecendo a redução da qualidade de vida da pessoa.

Para reverter esse quadro, é necessário interrompê-lo quando já instalado, por meio de medicações adequadas e mudanças da rotina de vida, incorporando hábitos saudáveis como: exercício físico aeróbico regular (caminhadas ou corridas, de preferências supervisionadas por profissional da área com treinamento técnico para esse fim), alimentação balanceada (diminuindo a ingesta excessiva de calorias ou alimentos de difícil digestão) e o não uso de drogas, como álcool e tabaco, assim como as ilícitas.

Desta forma, compreendemos que o tratamento deve partir da própria pessoa, que deverá despertar para mudanças em sua vida a fim de melhorar seu bem-estar físico e emocional. 

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